padova può ucciderti più di milano

Francesca Michielin

padova può ucciderti più di milano

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Amarti mi è difficile
Troppo freddo nelle ossa
Ho il cuore stretto in una morsa
Capirti non è semplice
Mille alberi distrutti
E salgari immaturi intorno a me
Chissà perché non cambi mai

Muri di cartongesso e preti nelle università ah-ah
Chi ci salverà?

Liberami dal male che mi fai
Una particola al gusto dei miei guai
Padova può ucciderti più di Milano
Se non stai attento, ti annebbierà
Lasciami amare chi mi va
Tra semplicismo e semplicità

Parlarti mi disintegra
Troppo aridi i discorsi
Caigo, pane e morsi
Lodarti è una blasfemia
È meglio ridere per niente che piangere per sempre
Secondo te

Liberami dal male che mi fai
Una particola al gusto dei miei guai
Padova può ucciderti più di Milano
Se non stai attento, ti affogherà
Lasciami amare chi mi va
Tra semplicismo e semplicità

Sai cosa vuol dire
Non lasciare il segno ma essere una croce
Di cui porto pegno
E chiami animale
Quello stesso Dio che poi preghi dall'altare
Perché dici in giro che siamo tutti uguali
Se poi voti i razzisti ai consigli comunali?
Le battute sconce alle feste di quartiere
Sono minorenne, dai, offrimi da bere
Dimmi, in chiesa che cosa reciti a memoria?
Di un profugo straniero in una mangiatoia
Se non capisci, lascia anche vuoto il tuo presepe
Se sta cadendo un ponte, è colpa delle crepe

Liberaci dal male che ci fai
Una particola non ce la imboccherai
Padova mi ha ucciso molto più di Milano
Ma io resisto e resto qua
Andate in pace cuori in libertà
Amate senza vanità

Amar você é difícil
Muito frio nos ossos
Meu coração apertado em um torno
Te entender não é simples
Mil árvores destruídas
E sentimentos salgados imaturos ao meu redor
Quem sabe por que você nunca muda

Paredes de gesso e padres nas universidades, ah-ah
Quem nos salvará?

Liberte-me do mal que você me faz
Uma partícula com o sabor dos meus problemas
Pádua pode te matar mais do que milão
Se você não tomar cuidado, vai te deixar confuso
Deixe-me amar quem eu quiser
Entre simplismo e simplicidade

Falar com você me desintegra
Conversas muito áridas
Caigo, pão e mordidas
Te elogiar é uma blasfêmia
É melhor rir de nada do que chorar para sempre
De acordo com você

Liberte-me do mal que você me faz
Uma partícula com o sabor dos meus problemas
Pádua pode te matar mais do que milão
Se você não tomar cuidado, vai te afogar
Deixe-me amar quem eu quiser
Entre simplismo e simplicidade

Você sabe o que significa
Não deixar uma marca, mas ser uma cruz
Que carrego como penhor
E você chama de animal
Aquele mesmo Deus a quem você ora no altar
Por que você diz por aí que somos todos iguais
Se você vota em racistas para os conselhos municipais?
As piadas obscenas nas festas do bairro
Sou menor de idade, vem, me ofereça uma bebida
Me diga, na igreja, o que você recita de cor?
Sobre um refugiado estrangeiro em um presépio
Se você não entende, deixe também vazio o seu presépio
Se uma ponte está caindo, a culpa é das rachaduras

Liberte-nos do mal que você nos faz
Você não vai nos enganar com uma simples partícula
Pádua me matou muito mais do que Milão
Mas eu resisto e fico aqui
Vão em paz, corações em liberdade
amém sem vaidade