Quantas vezes avanço sobre pontas de facas
Farpas e uma carinha de quem não a nada
Nem ninguém que a proteja.
Eu sou o herói, a onde esteja
Que prega pregos no corpo nu
Debruçado sobre as promessas
Extintas de contos e poesia
Mal feitas, inacabadas e imprecisas.
Derrotado e condenado
Por trocar a carne pelo espírito
Um mês por minutos do dia-a-dia
Sexo casual por um sorriso.
Pra quê ser um humano bom
sendo que te ferem como um bom humano?
Pra quê?
Por quê?
Se tuas asas são de borboleta?
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